
O brilho da lua cheia que se destacava no céu estrelado daquela noite tocava-lhe delicadamente os seios nus, indispensáveis na criação daquela imagem de modelo feminino que se fazia despercebidamente com as pernas entrelaçadas no lençol fino que, de certa forma, faziam música com o suave sereno que entrava pela janela do quarto.
Deitada na cama nem imaginava sua contradição: a sensualidade de uma mulher e a inocência de uma menina. Como o tempo a tornou uma mulher sem sua consciência? Sozinha ela pensava, se recordava de como a vida era simples quando ainda era uma criança, de como era bom ter a preocupação do dever de casa. Agora é uma mulher. Uma mulher com deveres, obrigações e preocupações incomparáveis com as de uma criança.
Ficou pensando de como o tempo passou, ela mudou e, no entanto, todo esse processo natural jamais foi percebido por ela. Um processo que, ao ser mais do que natural, não percebemos quando acontece conosco. Até ontem era apenas aquela pequena menina que se despedia da mãe para ir ao colégio. Hoje é aquela mulher que se despede de tudo para ir embora de casa e seguir sua própria vida longe de tudo que a cercava até então.
Como pode tantas coisas acontecerem de forma tão rápida? As lembranças de sua infância a incomoda, lhe devolve aquele sentimento de nostalgia, aquela tristeza profunda que traz consigo uma vontade de voltar no tempo e viver tudo aquilo que já havia vivido.
Ficou pensando de como o tempo passou, ela mudou e, no entanto, todo esse processo natural jamais foi percebido por ela. Um processo que, ao ser mais do que natural, não percebemos quando acontece conosco. Até ontem era apenas aquela pequena menina que se despedia da mãe para ir ao colégio. Hoje é aquela mulher que se despede de tudo para ir embora de casa e seguir sua própria vida longe de tudo que a cercava até então.
Como pode tantas coisas acontecerem de forma tão rápida? As lembranças de sua infância a incomoda, lhe devolve aquele sentimento de nostalgia, aquela tristeza profunda que traz consigo uma vontade de voltar no tempo e viver tudo aquilo que já havia vivido.
Tudo era tão mais fácil quando não se tinha idéia real do mundo, quando se era, inocentemente, ignorante. O mundo no qual ela vive hoje não há inocência, não há bondade, não há humor. É apenas o cenário de uma agressiva solidão que nos transforma em seres exageradamente pensantes, de forma que, ao entrar, jamais iremos sair.
Sem escolhas, nos tornamos seres ocos, que mantêm sua aparência externa ao mesmo tempo que não possui nenhuma estrutura interna. E ela ali, com a força e determinação de uma mulher e a fragilidade de uma menina.
Seiscentos e Sessenta e Seis
A vida é uns deveres que trouxemos para fazr em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ª feira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio
segui sempre, sempre em frente...
E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.
(Mário Quintana)
10 comentários:
Já falamos sobre isso de ficar adulto. O problema disso tudo é a imposição. Eu não escolhi terminar a escola e entrar na ufsc, não escolhi ter um emprego, não escolhi nada disso. Fui obrigado. Por quem? Por mim mesmo. Doce contradição...
Achei bastante interessante a imagem do começo do texto que tão bem casou com a foto. Agora pergunto: o que veio antes, a foto ou o texto?
Ah, e não sei como vc chegou a cogitar não postar esse texto. Tá muito bom e me deu algo q eu prezo muito: um friozinho na barriga ao ler. Isso não tem preço e então eu te agradeço pela chance ;)
beijos ;*
Eu discordo da teoria da imposição...
Acredito que o maior problema da transição é o fato da não aceitação/percepção desta por parte de quem muda.
O problema é a hesitação... Se pensar, não caso, não estudo, não corto o cabelo, não saio de casa... Não VIVO.
A vida é isso mesmo... tantas mudanças e tantas escolhas, uma não necessariamente traz a outra. Hesitar e pensar duas vezes, freqüentemente é não fazer. (de antemão asseguro-lhes que não prego a irresponsabilidade nas decisões: apenas de vez em quando..)
Olha só, viajei... Mas um bom texto é cocaína pura: Viagem instantânea... hehehehe
(quem lê essas coisas que escrevo pensa que sou drogada... heheheh Meu único vício são palavras - chocolate conta?)
Muitos beijos para esta autora tão querida...
Pois é Vivi...
Let it be and everything is gonna be ok, I sware...
Derrepente, não mais que derrepente, as coisas acontecem e muitas vezes pensamos não saber o que fazer com isso. Ledo engano, pois sempre teremos condições e forças para suportar as metamorfoses pelas quais passamos no decorrer de nossa existência.
Belíssimo texto que retrata a realidade de todas nós. Ainda bem que não somos sozinhas no mundo.
Mil beijos de sua mais velha-nova irmã
Mil Beijos, Vivi ;-)... Obrigado pelos comentários no Blog ;-)
Ei, vamos tirar o pó disto aqui?
Quero ler mais Vivi, estou tendo crises de Abstinênciaaa...
Beijos!
VIIIIIVEEEEEEEEEEEE!!!
Vai postar ou neeeeeeemmm???
Heeeeeiiiiinnn???
P-R-O-T-E-S-T-O!!!!!
EXIJO um novo POST!
Humpf!
(mas amo-te mesmo quando não escreves XD)
oito comentários, tá na hora de post novo x)
te amo ;*
Nada aqui. ¬¬
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